terça-feira, 16 de março de 2010

Tan Cercanos Tan Lejanos - Especial Venezuela




(Projeto selecionado no Edital Portas Abertas – Artes Visuais - da Fundação Cultural do Governo do Estado da Bahia (Funceb) no ano de 2008)



Exposição Fotográfica Tan Cercanos, Tan Lejanos - Atualização virtual - Especial Venezuela
Entrada Franca :-D







¨Tan Cercanos, Tan Lejanos¨ nasce com o intuito de abrir novas visões sobre alguns de nossos verdadeiros vizinhos, os países latino-americanos, objetivando aumentar a integração cultural com estes e suas realidades. Existe de fato uma grande lacuna neste intercâmbio, pouco se sabe sobre eles, suas culturas e história, ao mesmo que pouco se sabe sobre o nosso país, correndo todo o risco do conhecimento deturpado. Neste sentido, este projeto procura diminuir esta distância que persiste entre o Brasil e os demais países latinos, trazendo para o público baiano uma visão diferenciada sobre os vizinhos sul-americanos, procurando construir uma outra imagem, não somente através de recursos visuais, mas também das músicas locais e de informações agregadas aos quase 70 registros fotográficos.

CONTEXTO









Los Nevados, Merida



Em muito, a lacuna constituída entre o Brasil e seus vizinhos sul-americanos deve-se a uma mídia que segue noticiando todos os passos de presidentes do hemisfério norte, com interesses voltados para os países mais ricos acima da linha do Equador, que tem seus rumos voltados aos interesses europeus e americanos. Cria-se na sociedade brasileira um referencial bastante distante de sua verdadeira realidade e a afasta completamente daqueles que compartilham parte de suas raízes e problemas. Temos filmes americanos e europeus nos cinemas, temos programas televisivos e canais de TV por assinatura com as mesmas nacionalidades, e não temos sequer um programa de TV que se dedique a falar de Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, não esquecendo daqueles mais ao norte (América Central, Caribe e México*). O máximo que conseguimos trazer da América Latina é o programa do Chaves com Seu Madruga unido à novelas mexicanas, ambos oriundos de um país que vive à sombra dos EUA, que, por sua vez, em tempos de paz, tenta inventar guerras desnecessárias ( como os recentes episódios envolvendo Equador, Colômbia e Venezuela, assim como a extensa presença militar em território colombiano e nas suas fronteiras) num dos continentes mais pacíficos do planeta. E justamente por esta paz, é possível avançar sobre a cultura destes países, assimilando-a de forma harmoniosa, preenchendo este espaço ainda pouco explorado.






Medanos de Coro
 

Nossos vizinhos possuem belezas naturais ímpares e cidades-capitais que, por si só, já reservam uma série de atrativos históricos, repletos de cultura e vida própria. Suas belezas diferem em muito do que vemos em nosso Brasil, que muito mal conhecemos... São belezas muitas vezes inóspitas e difíceis de serem assimiladas, uma vez que, em muito, reproduzimos valores europeus ou norte-americanos mas, nem por isso, são menos ricas ou encantadoras. As tradições indígenas e locais, a rica culinária, os festejos populares, as bebidas, os costumes surpreendentes. Desde locais famosos como Machu-Pichu, Bariloche ou Punta del Leste, a sítios não tão conhecidos, mas de raríssima beleza, como o lago Titikaka, Copacabana boliviana, Ilhas dos Uros, Salar de Ayuni, Cabo Apolônio, Champaqui, La Cumbrecita, Ilha Margarida, Andes Venezuelanos,  Tucacas,  Coro, entre outros, diversos são os destinos turísticos para os brasileiros. Este projeto tenta evidenciar registros visuais de alguns destes sítios com um olhar mais atento sobre suas nuances, tentando assim, estimular novas interpretações e visões fotográficas, sejam elas realizadas localmente ou em solo estrangeiro.


 




Los Nevados, Merida


São apresentadas texturas e cores não usuais ao cotidiano nacional, com uma linguagem fotográfica quase documental, de paisagens inóspitas e desconhecidas, de mensagens veladas, despertando novas possibilidades, independente da área de arte visual. Desde o carnaval saudosista de Montevidéu, com as suas canções de murgas, da fé dos aymaras bolivianos na Virgem de Copacabana, da tecnologia natural desenvolvida pelos índios Uros no Peru, até os criollos do norte argentino, que revelam uma Argentina muito menos européia e muito mais latina e indígena: todos são exemplos da singularidade de cada uma destas regiões, que ao mesmo tempo, podem apresentar elementos muito próximos a nossa formação, como a influência católica, e o seu sincretismo com os costumes Incas, por exemplo, onde podemos citar o hábito centenário e salutar do uso da folha de coca pelos aymaras e cocaleros. Além das manifestações, dos costumes, do cotidiano e das tradições, outro aspecto registrado é a arquitetura, que por muitas vezes mostra paralelos pelo estilo barroco, e por outras, evidencia traços claros da influência ibérica e indígena.






Cerros de San Luis, Coro


Mesmo na presença de tanta cultura a ser transmitida, não existe nenhum planejamento sério e concreto no cenário sul americano para uma organização e fortalecimento dos laços entre estes países, principalmente, no campo cultural. E neste campo, criamos o hábito de super-valorizar Europa e EUA, esquecendo do que existe ao nosso redor. Os registros visuais destas manifestações, sejam elas pontuais ou cotidianas, podem justamente levar ao despertar da curiosidade sobre os lugares e ocasiões fotografados, por utilizar de uma ótica mais curiosa, desprendida e menos pasteurizada, contrapondo-se a imagem criada pela mídia atual sobre estes países, tão negativa e depreciativa, fazendo destes locais verdadeiras caixas pretas aos olhos do cidadão comum. Essa ótica descompromissada usada nos registros deste trabalho, associada à abordagem questionadora como é apresentado, revela os diferenciais do projeto, tornando-o um exercício lúdico de reflexão, evidenciando a justificativa para a exposição: um estímulo à descoberta de novas fronteiras e ao questionamento sobre a atual situação dos relacionamentos entre os países da América do Sul, que se encontram tão próximos e tão distantes (“Tan Cercanos, Tan Lejanos”). Com este projeto, pretende-se oferecer a oportunidade de cruzar as fronteiras do conhecimento superficial, de romper com a massificação cultural, de (re)descobrir a América Latina, viajando com os olhos, com a música, envolvendo e conduzindo o público para uma leitura ainda mais rica sobre os registros fotográficos, expandindo suas fronteiras de forma lúdica e paulatina. A temática do projeto procura ser livre, sem focar num assunto específico, mas usando um eixo principal, que são os próprios países da América Latina que são nossos vizinhos, evidenciando suas pessoas, seus costumes, suas paisagens e história - todos "Tan Cercanos, Tan Lejanos"








Los Nevados, Merida


(para ampliar, clique nas fotos)


              Los Nevados, Merica




Tucacas



Maracaibo


Maracaibo ou Bahia ?¿




Caminhos quase impossíveis



O pão da terra




Inclinados






































































Autor (texto e fotos): Pablo Vieira Florentino

* O conceito de América Latina pode ser definido pela apreensão de todos os países do continente americano que falam espanhol, português ou francês, também, outros idiomas derivados do latim. Compreende a quase totalidade da América do Sul, engloba todos os países da América Central e alguns outros países do Caribe – como Cuba e Haiti. Na América do Norte, apenas o México é considerado como parte da América Latina. Estes países possuem semelhanças nos seus processos históricos: aproximadamente três séculos de exploração colonial pelos conquistadores europeus; a dominação imperialista européia e; depois, o capitalismo norte-americano. A compreensão da América Latina, e a ligação existente entre seus países, só pode ser entendida a partir da percepção da semelhança de seus processos e das raízes históricas da opressão e das lutas de libertação dos povos americanos – intrínsecas em suas manifestações culturais. (por Iara Icó)


Realização: FUNCEB
Patrocínio / Apoio:



















Equipe: Lorena Saavedra, Helder Vieira Florentino, Monica Fernandes, Lilian Pinho
E-mail: pablovf @ gmail.com
Site: http://cercanoslejanos.blogspot.com/

Alguns dos artistas/grupos musicais a serem reproduzidos durante a exposição:








  • Manuel Miranda
  • Pequeña Orquestra de Reincidentes
  • Bajofondo Tango Club
  • Grupos de Murgas de Montevidéu
  • Violentango
  • K´ala Marka
  • Cuatro Vientos
Na Mídia:







Sobre o autor - Por Iara Icó Pablo Vieira Florentino nasceu na Chapada Diamantina, vindo ainda criança para Salvador, cresceu numa família tradicional de classe média, sendo estimulado a ter na busca do conhecimento um valor para a vida, desde a infância. Estudou Ciência da Computação na UFBa e, desde então, deu prosseguimento a sua vida profissional dentro de uma perspectiva acadêmica. Talvez tenha deixado de lado possibilidades de uma promissora carreira na área tecnológica privada, pois suas escolhas profissionais sempre giraram em torno da educação. Em 2001, ingressou no mestrado da COPPE na UFRJ. As passagens por universidades públicas, e o entendimento do seu compromisso com a sociedade, o orientaram para a realização de ações sociais, em especial com jovens carentes, ainda quando estudante da Ufba, e com pessoas em situação de rua, através do Projeto OCAS (www.ocas.org.br), no Rio. Possui um entendimento político baseado na compreensão das desigualdades sociais e da necessidade de superá-las através das diversas formas de inserção: política, econômica, educacional, social e cultural. A experiência pessoal e profissional no Rio de Janeiro, uma das cidades brasileiras mais movimentadas culturalmente, abriu a possibilidade para um maior contato com centros, manifestações e exposições culturais diversas – fato essencial para o entendimento e interpretações do mundo que o cerca. Após quase 6 anos, voltou às origens e retornou a Salvador, dando continuidade a sua carreira acadêmica como professor dos bacharelados do CEFET-BA. Diga-se de passagem, um jovem professor, cheio de expectativas e idéias acerca da necessidade de estabelecer uma relação indissociável entre manifestações culturais e ensino – que acredita na arte como forma de educação e formação do senso crítico. Felizmente, hoje, agrada aos nossos olhos também... Através do Projeto Tan Cercanos, Tan Lejanos, teve a iniciativa de compartilhar os frutos da sua paixão em conhecer lugares e pessoas que se manifestam culturalmente de maneira tão diversa. Realizou registros fotográficos entre os anos de 2005 e 2008, destacando, entre as suas viagens, a sorte (ou aventura?) de chegar à Bolívia na véspera da eleição que escolheu Evo Morales como presidente deste país. Em todas as andanças, partiu sozinho, com diferentes câmeras, mas com a mesma mochila e a mesma sede de conhecer um pouco mais sobre a cultura dos locais visitados. A inspiração para os registros surgiu da atenção aos detalhes das igualdades e diferenças do mundo com que tem contato e do que lhe pareceu inusitado e/ou relevante como elemento cultural e cotidiano destes locais. As riquezas culturais “capturadas” e compartilhadas nesta exposição são fruto das andanças de um professor universitário, despido de pré-conceitos – amante das artes, da educação, da música e da diversidade dos movimentos culturais...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Tan Cercanos, Tan Lejanos




(Projeto selecionado no Edital Portas Abertas – Artes Visuais - da Fundação Cultural do Governo do Estado da Bahia (Funceb) no ano de 2008)



Exposição Fotográfica Tan Cercanos, Tan Lejanos
Onde: Loja Saraiva - Salvador Shopping
Quando: Abertura - 03 de julho ( sexta ) - 19h

Entrada Franca





Ilhas dos Uros, Puno


¨Tan Cercanos, Tan Lejanos¨ nasce com o intuito de abrir novas visões sobre alguns de nossos verdadeiros vizinhos, os países latino-americanos, objetivando aumentar a integração cultural com estes e suas realidades. Existe de fato uma grande lacuna neste intercâmbio, pouco se sabe sobre eles, suas culturas e história, ao mesmo que pouco se sabe sobre o nosso país, correndo todo o risco do conhecimento deturpado. Neste sentido, este projeto procura diminuir esta distância que persiste entre o Brasil e os demais países latinos, trazendo para o público baiano uma visão diferenciada sobre os vizinhos sul-americanos, procurando construir uma outra imagem, não somente através de recursos visuais, mas também das músicas locais e de informações agregadas aos quase 70 registros fotográficos.

CONTEXTO

Montevidéu


Em muito, a lacuna constituída entre o Brasil e seus vizinhos sul-americanos deve-se a uma mídia que segue noticiando todos os passos de presidentes do hemisfério norte, com interesses voltados para os países mais ricos acima da linha do Equador, que tem seus rumos voltados aos interesses europeus e americanos. Cria-se na sociedade brasileira um referencial bastante distante de sua verdadeira realidade e a afasta completamente daqueles que compartilham parte de suas raízes e problemas. Temos filmes americanos e europeus nos cinemas, temos programas televisivos e canais de TV por assinatura com as mesmas nacionalidades, e não temos sequer um programa de TV que se dedique a falar de Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, não esquecendo daqueles mais ao norte (América Central, Caribe e México*). O máximo que conseguimos trazer da América Latina é o programa do Chaves com Seu Madruga unido à novelas mexicanas, ambos oriundos de um país que vive à sombra dos EUA, que, por sua vez, em tempos de paz, tenta inventar guerras desnecessárias ( como os recentes episódios envolvendo Equador, Colômbia e Venezuela, assim como a extensa presença militar em território colombiano e nas suas fronteiras) num dos continentes mais pacíficos do planeta. E justamente por esta paz, é possível avançar sobre a cultura destes países, assimilando-a de forma harmoniosa, preenchendo este espaço ainda pouco explorado.

Cuzco

Nossos vizinhos possuem belezas naturais ímpares e cidades-capitais que, por si só, já reservam uma série de atrativos históricos, repletos de cultura e vida própria. Suas belezas diferem em muito do que vemos em nosso Brasil, que muito mal conhecemos... São belezas muitas vezes inóspitas e difíceis de serem assimiladas, uma vez que, em muito, reproduzimos valores europeus ou norte-americanos mas, nem por isso, são menos ricas ou encantadoras. As tradições indígenas e locais, a rica culinária, os festejos populares, as bebidas, os costumes surpreendentes. Desde locais famosos como Machu-Pichu, Bariloche ou Punta del Leste, a sítios não tão conhecidos, mas de raríssima beleza, como o lago Titikaka, Copacabana boliviana, Ilhas dos Uros, Salar de Ayuni, Cabo Apolônio, Champaqui, La Cumbrecita, Ilha Margarida, entre outros, diversos são os destinos turísticos para os brasileiros. Este projeto tenta evidenciar registros visuais de alguns destes sítios com um olhar mais atento sobre suas nuances, tentando assim, estimular novas interpretações e visões fotográficas, sejam elas realizadas localmente ou em solo estrangeiro.

Córdoba

São apresentadas texturas e cores não usuais ao cotidiano nacional, com uma linguagem fotográfica quase documental, de paisagens inóspitas e desconhecidas, de mensagens veladas, despertando novas possibilidades, independente da área de arte visual. Desde o carnaval saudosista de Montevidéu, com as suas canções de murgas, da fé dos aymaras bolivianos na Virgem de Copacabana, da tecnologia natural desenvolvida pelos índios Uros no Peru, até os criollos do norte argentino, que revelam uma Argentina muito menos européia e muito mais latina e indígena: todos são exemplos da singularidade de cada uma destas regiões, que ao mesmo tempo, podem apresentar elementos muito próximos a nossa formação, como a influência católica, e o seu sincretismo com os costumes Incas, por exemplo, onde podemos citar o hábito centenário e salutar do uso da folha de coca pelos aymaras e cocaleros. Além das manifestações, dos costumes, do cotidiano e das tradições, outro aspecto registrado é a arquitetura, que por muitas vezes mostra paralelos pelo estilo barroco, e por outras, evidencia traços claros da influência ibérica e indígena.

Titikaka, Copacabana


Mesmo na presença de tanta cultura a ser transmitida, não existe nenhum planejamento sério e concreto no cenário sul americano para uma organização e fortalecimento dos laços entre estes países, principalmente, no campo cultural. E neste campo, criamos o hábito de super-valorizar Europa e EUA, esquecendo do que existe ao nosso redor. Os registros visuais destas manifestações, sejam elas pontuais ou cotidianas, podem justamente levar ao despertar da curiosidade sobre os lugares e ocasiões fotografados, por utilizar de uma ótica mais curiosa, desprendida e menos pasteurizada, contrapondo-se a imagem criada pela mídia atual sobre estes países, tão negativa e depreciativa, fazendo destes locais verdadeiras caixas pretas aos olhos do cidadão comum. Essa ótica descompromissada usada nos registros deste trabalho, associada à abordagem questionadora como é apresentado, revela os diferenciais do projeto, tornando-o um exercício lúdico de reflexão, evidenciando a justificativa para a exposição: um estímulo à descoberta de novas fronteiras e ao questionamento sobre a atual situação dos relacionamentos entre os países da América do Sul, que se encontram tão próximos e tão distantes (“Tan Cercanos, Tan Lejanos”). Com este projeto, pretende-se oferecer a oportunidade de cruzar as fronteiras do conhecimento superficial, de romper com a massificação cultural, de (re)descobrir a América Latina, viajando com os olhos, com a música, envolvendo e conduzindo o público para uma leitura ainda mais rica sobre os registros fotográficos, expandindo suas fronteiras de forma lúdica e paulatina. A temática do projeto procura ser livre, sem focar num assunto específico, mas usando um eixo principal, que são os próprios países da América Latina que são nossos vizinhos, evidenciando suas pessoas, seus costumes, suas paisagens e história - todos "Tan Cercanos, Tan Lejanos"


Entre Puno e Copacabana


(para ampliar, clique nas fotos)
























































































Autor (texto e fotos): Pablo Vieira Florentino

* O conceito de América Latina pode ser definido pela apreensão de todos os países do continente americano que falam espanhol, português ou francês, também, outros idiomas derivados do latim. Compreende a quase totalidade da América do Sul, engloba todos os países da América Central e alguns outros países do Caribe – como Cuba e Haiti. Na América do Norte, apenas o México é considerado como parte da América Latina. Estes países possuem semelhanças nos seus processos históricos: aproximadamente três séculos de exploração colonial pelos conquistadores europeus; a dominação imperialista européia e; depois, o capitalismo norte-americano. A compreensão da América Latina, e a ligação existente entre seus países, só pode ser entendida a partir da percepção da semelhança de seus processos e das raízes históricas da opressão e das lutas de libertação dos povos americanos – intrínsecas em suas manifestações culturais. (por Iara Icó)


Realização: FUNCEB
Patrocínio / Apoio:



















Equipe: Lorena Saavedra, Helder Vieira Florentino, Monica Fernandes, Lilian Pinho
E-mail: pablovf @ gmail.com
Site: http://cercanoslejanos.blogspot.com/

Alguns dos artistas/grupos musicais a serem reproduzidos durante a exposição:

  • Manuel Miranda
  • Pequeña Orquestra de Reincidentes
  • Bajofondo Tango Club
  • Grupos de Murgas de Montevidéu
  • Violentango
  • K´ala Marka
  • Cuatro Vientos


Na Mídia:



Sobre o autor - Por Iara Icó

Pablo Vieira Florentino nasceu na Chapada Diamantina, vindo ainda criança para Salvador, cresceu numa família tradicional de classe média, sendo estimulado a ter na busca do conhecimento um valor para a vida, desde a infância. Estudou Ciência da Computação na UFBa e, desde então, deu prosseguimento a sua vida profissional dentro de uma perspectiva acadêmica. Talvez tenha deixado de lado possibilidades de uma promissora carreira na área tecnológica privada, pois suas escolhas profissionais sempre giraram em torno da educação. Em 2001, ingressou no mestrado da COPPE na UFRJ. As passagens por universidades públicas, e o entendimento do seu compromisso com a sociedade, o orientaram para a realização de ações sociais, em especial com jovens carentes, ainda quando estudante da Ufba, e com pessoas em situação de rua, através do Projeto OCAS (www.ocas.org.br), no Rio. Possui um entendimento político baseado na compreensão das desigualdades sociais e da necessidade de superá-las através das diversas formas de inserção: política, econômica, educacional, social e cultural.
A experiência pessoal e profissional no Rio de Janeiro, uma das cidades brasileiras mais movimentadas culturalmente, abriu a possibilidade para um maior contato com centros, manifestações e exposições culturais diversas – fato essencial para o entendimento e interpretações do mundo que o cerca. Após quase 6 anos, voltou às origens e retornou a Salvador, dando continuidade a sua carreira acadêmica como professor dos bacharelados do CEFET-BA. Diga-se de passagem, um jovem professor, cheio de expectativas e idéias acerca da necessidade de estabelecer uma relação indissociável entre manifestações culturais e ensino – que acredita na arte como forma de educação e formação do senso crítico. Felizmente, hoje, agrada aos nossos olhos também... Através do Projeto Tan Cercanos, Tan Lejanos, teve a iniciativa de compartilhar os frutos da sua paixão em conhecer lugares e pessoas que se manifestam culturalmente de maneira tão diversa. Realizou registros fotográficos entre os anos de 2005 e 2008, destacando, entre as suas viagens, a sorte (ou aventura?) de chegar à Bolívia na véspera da eleição que escolheu Evo Morales como presidente deste país. Em todas as andanças, partiu sozinho, com diferentes câmeras, mas com a mesma mochila e a mesma sede de conhecer um pouco mais sobre a cultura dos locais visitados. A inspiração para os registros surgiu da atenção aos detalhes das igualdades e diferenças do mundo com que tem contato e do que lhe pareceu inusitado e/ou relevante como elemento cultural e cotidiano destes locais. As riquezas culturais “capturadas” e compartilhadas nesta exposição são fruto das andanças de um professor universitário, despido de pré-conceitos – amante das artes, da educação, da música e da diversidade dos movimentos culturais...